O Laboratório de Economia Política e História Econômica da USP (LEPHE -USP) existe como entidade aprovada pelo Departamento de História da USP desde 2012. A atuação independente do LEPHE permite preservar uma consequência maior enquanto programa de pesquisa de História Econômica, porque o critério do LEPHE para a subdivisão de pesquisas é puramente metodológico e não obedece a injunções ideológicas.
A importância da pesquisa histórico-econômica está no poder das teorias testadas ou elaboradas a partir do tratamento empírico das informações. Na defesa de uma historiografia que prioriza o desenvolvimento do instrumental de pesquisa, como condição para obter interpretações cada vez mais sofisticadas do real, a divisão historiográfica não pode obedecer apenas a critérios temáticos, mas também a critérios teóricos e metodológicos.
As ferramentas teórico-metodológicas que permitem a exploração do real impõem a sua caracterização para a história econômica limitada por parâmetros temporais: curto prazo, médio prazo e longo prazo. O instrumental variará de acordo com tais parâmetros, que condicionam os procedimentos inferenciais adotados; mas não variará se o tema for urbano ou rural; passar-se no século XVIII ou no século XX, etc. Sem pretender resolver tais divergências de entendimento neste texto, os membros do LEPHE acreditam que a independência da história econômica deve ser mantida e que seus critérios correspondem ao fortalecimento metodológico da mesma, não havendo por que sacrificar os avanços metodológicos de pesquisa a outros interesses.
São linhas de pesquisa atualmente adotadas no LEPHE:
- Teoria e Metodologia da Pesquisa de História Econômica.
- Teoria e Metodologia da Economia Política.
- Métodos Quantitativos aplicados à História Econômica.
- Análise das Séries Temporais e Teoria dos Ciclos Econômicos.
- Econometria Empírica.
- História do Pensamento Econômico.
- Economias Planificadas: debates teóricos e experiências históricas.
As referidas linhas expressam as necessidades metodológicas básicas e podem, consequentemente, ser aplicadas em diferentes escolhas temáticas dos futuros historiadores econômicos. Outras linhas podem ser abertas desde que correspondam a interesses metodológicos de novos pesquisadores. Citamos como exemplo o debate: Impactos das Diferenças Categoriais do Neo-Keynesianismo e Neo-Ricardianismo na Medição Empírica de seus Modelos.